quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Leviatã

"Eu poderia ser feliz, mas eu não seria contente. Com tanta coisa errada...eu tenho que fazer algo", diz Ahab. Ahab nunca encontrou ninguém que pensava como ele, Ahab no máximo tinha contato com pensamentos compartilhados. Ahab se perguntava se isso era normal. Depois de um tempo, Ahab deixou de se perguntar. Ahab era um homem correto. Quem podia falar mal da Ahab? Ahab era Ahab.
Ahab era conhecido por sua sede de vingança. Ahab tinha algo a vingar, e tal coisa era seu mais querido bem. O que era não vem ao caso, o tanto que tal coisa lhe era necessário vem ao caso. Ahab foi um cara iludido pela vida...não importa nem que você nasça com algo, a vida pode lhe tirar as coisas, pouco a pouco, cruel como um garoto com uma lupa. A vida tirou coisas preciosas de Ahab, a vida...a vida não! Maldito animal branco! A vida se apresenta de várias formas...Ahab busca a forma que lhe tirou o que importava. Ahab é amargurado, mas Ahab quer viver ao mesmo tempo. Ahab sabe que tudo não acabou, mas Ahab sabe que não pode continuar sem concretizar o plano. Ahab só pode prosseguir após o grande plano.
O tempo passa pra Ahab, Ahab envelhece, Ahab fica velho...e o que vemos é um velho de barba, que finalmente encontra a felicidade verdadeira desse mundo repleto do efêmero que ele não podia entender: Ahab morre.

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