terça-feira, 25 de junho de 2013

A onda

Isso realmente aconteceu comigo hoje, eu peço por favor que deem ouvidos ao que eu falo!


Eu tinha um estranho sentimento de que em determinada hora do dia aconteceria um evento fora do comum - sobrenatural, se preferirem.

Eu estava em um local com várias lojinhas, como uma galeria de pequenos estabelecimentos comerciais.

Saindo desse local, eu olhei pro céu, vi um avião que parecia um misto de um modelo militar e um comercial. Ele passou relativamente perto do chão, dava pra ver detalhes do avião. Por que ele passou assim perto do chão? Eu achei que fora porque ele havia acabado de decolar, mas eu estava na minha cidade, e minha cidade não tem aeroporto. Pra responder minhas perguntas, uma caixa grande e vermelha caía do céu, quase certamente jogada pelo avião.

A caixa caiu a uma distância que calculei ser de aproximadamente uns 5 quilômetros, e tudo começou.

Tudo ao redor da caixa começou a ser totalmente dilacerado, prédios, árvores e tudo que estivesse acima do solo. Comecei a correr contra a onda de desintegração, mesmo achando que seria inútil.

Pra minha sorte, a onda parou exatamente no prédio o qual eu havia saído. Ele e outras construções atrás dele, fora da onda de desintegração, permaneceram intactos.

Voltei pra casa assustado, pois sabia que meu irmão estava no meio daquela onda de desintegração. Ao chegar, liguei pro telefone dele, mas ninguém atendeu.

Minha preocupação, entretanto, durou pouco. Vejo ele chegar, e eu, espantado, pergunto se ele estava no lugar X (não lembro exatamente o nome), que era um lugar bem no epicentro da explosão. Ele confirmou que estava lá, sem alarde nenhum.

Falei pra ele do que eu vi, e ele disse não saber de nada. Confirmou, ele, realmente estar no local no qual eu disse ter ocorrido a explosão, mas disse que não presenciou qualquer tipo de explosão ou desintegração em massa.

No momento em que falava com ele, vi uma seta vermelha sendo grudada na parede externa do cômodo. Começou um beep característico, de repetição ritmada e cada mais rápida. Isso só podia significar uma coisa, então comecei a correr.

Desci as escadas do meu apartamento e ao chegar na rua vi a explosão. Aconteceu perto demais de mim, não havia a menor chance d'eu sobreviver à ela.

Quando dei-me por vencido, me atirei ao chão protegendo a cabeça e fechei meus olhos. Senti um leve impacto e um enorme calafrio percorrendo o meu corpo inteiro.

Logo após, notei que não havia morrido. Eu abri os olhos e estava deitado em minha cama. Levantei e vim escrever o meu relato.

Por isso eu vos aviso: da próxima vez que sentirem um calafrio, saibam que pode significar muito mais do que somente isso.

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